Highlight da semana de 08/02/2021 a 15 de fevereiro de 2022.
TEMA da semana:
Os "pedreiros" digitais...
Durante essa semana, estive conversando com alguns desenvolvedores do mercado e me surpreendi com alguns de seus comentários, em especial, com esse: "somos apenas 'pedreiros' digitais, eles mandam e nós fazemos".
Os desenvolvedores ouvidos estão em diversos estágios profissionais e em diferentes níveis de perfil. O comentário acima foi escrito ipsis litteris o que ouvi, mas, outros comentários, embora diferentes no linguajar, tinham o mesmo significado. Ou seja, no mundo BANI (em português, Frágil, Ansioso, Não linear e Incompreensível), temos desenvolvedores com um ótimo nível de formação (alguns dos ouvidos possuem mestrado, outros especialização e ainda há os que estão finalizando a pós-graduação) trabalhando como máquinas biológicas, simplesmente seguindo ordens do nível hierárquico acima...
Nada contra a profissão dos pedreiros, ok? Apenas a noção de que tal profissão está no rol das que vão deixar de existir muito em breve, sendo substituída pela impressão 3D ou por robôs construtores.
Esses desenvolvedores são profissionais com certa experiência de mercado e com um ótimo nível de formação, então porque não ouvi-los como parte do processo de criação, desenvolvimento, teste e produção? Todos, sem exceção fazem parte de empresas onde reina a falácia do desenvolvimento ágil (normalmente corporações maiores ou mais tradicionais), dessa forma, resta saber onde está a agilidade quando os processos são implementados no rígido esquema burocrático da hierarquia?
Me faz pensar no dizeres lidos recentemente numa postagem do Prof. Gláucio, colaborador desse blog: "na prática, a teoria é outra!". Quando levamos em consideração que alguns desses desenvolvedores trabalham em empresas que foram adquiridas por organizações maiores tendo em vista a Inovação Aberta, fica a pergunta: onde elas estão querendo chegar? Parece que, em alguns casos, a agilidade das startups ups que deveria servir de inspiração para a mudança e evolução da organização tradicional, a qual tenta apostar na inovação, está sendo contaminada com a hierarquia e a burocracia do adquirente. Uma pena, pois a nova composição passa a responder ao frenético mundo BANI na lentidão de um paquiderme ainda mais pesado.
Não adianta ficar ouvindo os cases das organizações que falharam em entender o ambiente digital, como a Nokia, a Kodak, a Xerox ou outras, é necessário olhar para dentro, fazer uma autocrítica realista e buscar soluções para os gargalos nos fluxos de comunicação e de produção. Isso equivale a fazer uma adequação urgente da Cultura Organizacional, pois a geração Z não está a fim de continuar com as mesmas crenças que eram vigentes no século 20! Eles querem fazer parte de algo que tenha sentido e propósito, pois, sem isso, não vale a pena se dedicar ao trabalho.
Os devs com quem conversei estão em busca de outras oportunidades e, pasmem, nem sobre isso os empregadores procuram informação. Depois, surgem alguns empresários reclamando que os devs não são leais a ninguém, e saltam de emprego em emprego por qualquer variação salarial. Em situações desse tipo, quem seria?
Do mesmo modo que falamos sobre adequação cultural para as organizações, falamos para os profissionais. As exigências das contratações estão em mudança e a sua cultura, tanto pessoal como profissional, precisam estar em constante evolução. É para isso que o TechSocial trabalha com a cultura Startup YOU!
Num mundo que é naturalmente incerto, a única certeza é a mudança que virá. Não se sabe ao certo quando, mas a certeza de sua vinda é absoluta!
O TechSocial, com seu conteúdo e serviços, pretende motivar as pessoas, independente de faixa etária e posicionamento na carreira, a encarar o desafio de sobreviver em um mundo BANI (Frágil, Ansioso, Não linear e Incompreensível).
A função do Highlight é mostrar a transdisciplinaridade e a interdisciplinaridade necessária para navegar no Ambiente 21 (A21), agregando os mais variados assuntos sob vários pontos de vista, para que você perceba as conexões que, muitas vezes, não estão muito claras.
Um grande abraço e até a próxima semana...
